quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Desabafo Final!

E O IMATURO SOU EU?

Entre perfis falsos e palavras mais falsas ainda me enganei.

Traído pela minha inocência de acreditar que existam pessoas que não façam da vida um jogo de usar pessoas para interesses pessoais e afastar-se da solidão que trazem as lembranças a serem esquecidas.

Essa deve ser a parte que não sinto mais falta, e sim raiva.

Devo ter cansado de ter minhas noites estragadas por causa de presenças indesejáveis ou lembranças aparentemente inócuas. Da falta de noção das pessoas ao quererem que eu fingisse que não tinha acontecido nada e que não tivesse me apegado a quem não merece. Mas me apeguei e gostei, não minto, foi bom. Passou, senti falta, chorei.

Alguém pediu pra você ser “bonzinho até de mais”? Acho que não einh! Lembro-me que a única coisa que pedi no início de tudo foi a sinceridade. Mas não houve uma coerência entre o pedido e o ser atendido. Enquanto do outro lado (o seu lado) promessas vazias, sempre enfatizando a palavra SEMPRE. Meio tosco não acha?

Sim, eu fui infantil, o ato mais imaturo da minha vida, confesso.(risos)

Mas sinto-me bem e não sinto mais a falta. Não precisei enganar ninguém na minha vida e nem passar por cima de sentimentos sem me preocupar. Nunca fiz ninguém sofrer e chorar por dias seguidos por uma mentira angustiante como: “Eu tenho Leucemia”. Acha que isso se esquece assim? (risos). Nunca precisei fazer ninguém de idiota e nem ser covarde por uma semana sem atender ligações de alguém que só queria ouvir a verdade sincera. Fui eu quem não teve coragem de dizer: “Não dá mais pra mim” ao invés de dizer: “Preciso de um tempo” ? Covardia einh!? (brincadeira sem graça por brincadeira sem graça... acho que estamos quites)

O pior, além da falta de sinceridade, foi a falta de capacidade, a falta de atitude de um homem de verdade em nunca aparecer pra conversar sobre o assunto. Em ter continuado me deixando no vácuo sem entender metade dos porquês das coisas que me fez.

A única coisa que te cobro hoje, é atitude. Reação! E não é por mim, mas por você. Não fique calado diante das situações. Não finja que não acontece nada. Não aceite as coisas como se fossem verdades absolutas. Questione, brigue, pense, reflita! Reaja pra vida... Se querer isso pra alguém for ser imaturo: SIM, EU SOU!

Não te julgo por nada, te entendo e te respeito, está apenas atrás da sua felicidade.

P.S.: Não pense que não gosto de você, muito pelo contrário, gosto de você como pessoa. E não desejo o mal de ninguém muito menos o seu. Fique na Paz de Deus e seja feliz! =)

P.P.S.: Não entendi o porquê da amiga “magrinha” de butuca a todo instante. (kkk)

Um Abração e se cuida!


DONALD BRAGA

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

LIBERDADE...

De repente, quando me dei conta, estava vendo e ouvindo a chuva cair, as gotas cor de prata que escorregavam pelo vidro da janela. Existia uma sintonia entre o som e a dança de cada gota. Mas nem a mágica da natureza conseguia me arrancar do tédio, me tirar da minha solidão.
Fechei os olhos para tentar ligar-me à TV que estava ligada apenas por companhia, mas era em vão. Precisava encontrar algo que me libertasse de mim mesmo. O som do violão não tinha vida, minha voz saia rouca e meio pálida e as letras no papel estavam apagadas demais.
E novamente me sentia hipnotizado pelo barulho constante e monótono da água fria lá fora, no escuro das 11h da noite, as gotas dançantes pareciam fazer um convite. Um vento frio entrou pela porta que estava aberta agora, um arrepio subiu pela nuca, era o prazer se aproximando. Olhei para o céu, respirei fundo e corri em direção ao objeto do meu desejo, a chuva.
Que sensação! Que liberdade era aquela que eu experimentava, os pingos bailavam em mim agora e eu neles. Fechava e abria os olhos, olhava o céu, não havia lua e nem estrelas, apenas nuvens que eu só conseguia enxergar por causa dos tons de vermelho e laranja que assumiam, era de lá que saia a água que me libertava de mim, a água que escorria no meu corpo, que molhava minha roupa, que infiltrava em meus cabelos e descia em minha face e parava no canto dos meus lábios. huumm!
Deitei no chão, senti a chuva me desenhando, me moldando, me lavando. Que prazer que é essa liberdade de viver!!!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Era uma vez

E aquela gota de suor percorrendo sua face, aquele arrepio na espinha, o frio na barriga,
o vento abafado passando tocando de leve nas folhas das árvores próximas, balançando de leve a grama e os arbustos. Um silêncio agonizante implorando por sussurros ou berros diante de um céu negro estrelado.
Olhos começam a se arregalar e se aproximar para contemplar o ocorrido, muitos acompanhados de bocas em formato de espanto, ou uma pseudo-preocupação. A maioria apenas se arregalava!
O corpo estava lá, sangrando... morrendo...
Ele viu, mas ficou estático, diminuiu. O fato já estava consumado. Talvez tenha perdido seu senso de humanidade.
A ambulância chegou iluminando desesperada com sua luz vermelha, gritou no ouvido falecido, mas ele parecia não querer mais ouvir.